Projeto
"Escola foliona: vivenciando o carnaval"
"No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança
Sonho de um Carnaval. "
(Chico Buarque)
Público Alvo: Educação Infantil e Ensino Fundamental
Período: 24 de fevereiro a 04 de março de 2011.
Pedagogo Responsável: Francisco Evandro Barbosa do Nascimento.
Justificativa:
Desde pequenos, os alunos aprendem muito, sobre o mundo, fazendo perguntas e ouvindo fatos e histórias dos seus familiares, amigos até mesmo assistindo TV, vídeos e ou foliando e apreciando revistas e jornais. Vivenciam também experiências e interagem num contexto de: conceitos, gostos e costumes formando suas ideias e conhecimentos sobre o mundo que o cerca.
Desde pequenos, os alunos aprendem muito, sobre o mundo, fazendo perguntas e ouvindo fatos e histórias dos seus familiares, amigos até mesmo assistindo TV, vídeos e ou foliando e apreciando revistas e jornais. Vivenciam também experiências e interagem num contexto de: conceitos, gostos e costumes formando suas ideias e conhecimentos sobre o mundo que o cerca.
O Carnaval é uma festa popular arraigada em nossa cultura. Como forma de nos integrarmos com a cultura do nosso país nossa escola neste ano de 2011 irá desenvolver o Projeto “Escola Foliona: vivenciando o carnaval", de forma integrada indo de encontro aos interesses dos alunos respeitando suas necessidades, curiosidades e ideias.
Objetivo geral:
Através deste projeto, levar os alunos a:
* Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias.
Objetivos Específicos:
* Reconhecer o carnaval brasileiro como a maior festa do mundo; * Conhecer a história do carnaval no Brasil e suas características; * Conscientizar as crianças no sentido de que é preciso não confundir diversão com confusão; * Desenvolver o gosto pela leitura; * Desenvolver a linguagem oral e a escrita; | * Desenvolver o gosto por poemas e músicas; * Desenvolver a percepção e a coordenação motora; * Estimular o ritmo; * Proporcionar liberdade de auto-expressão; * Possibilitar habilidades com as mãos; desenvolver o espírito criador; * Trabalhar com psicomotricidade; * Trabalhar o raciocínio e a memória. |
Conteúdos:
* O Carnaval; * Linguagem oral e escrita; * O fazer artístico; *Personagens carnavalescos; | * Expressividade; * Equilíbrio e coordenação; * Apreciação musical. |
Estratégias:
*Música * Poemas; * Parlendas; * Painéis; * Pesquisa; * Dança, * Desenho; | * Pintura; * Festa de carnaval; * Brincadeiras infantis; * Jogos diversos; * Ditado; * Recorte e colagem; * Carta enigmática; | * Literatura infantil; * Vídeos; * Cds; * Fantoches; * Máscaras; * Murais informativos. |
Avaliação:
*A avaliação será realizada permanentemente comprometida com o desenvolvimento dos alunos. Será observado o que os alunos sabem fazer, o que pensam a respeito do carnaval e do que é difícil entender, assim como conhecer mais sobre os interesses que possuem;
*Culminância do projeto no dia 04/03/2011 onde os alunos apresentarão seus trabalhos na quadra da escola para as demais turmas.
Sugestões de atividades relacionadas ao carnaval - ENSINO FUNDAMENTAL I (1º AO 5º ANO)
No dia 24/02/11 as professoras podem:
- Realizar uma roda de conversa instigando os alunos a expressarem seus conhecimentos sobre o tema.
- Apresentar para os alunos Projeto Escola foliona: vivenciando o carnaval.
- Levar para a sala de aula reportagens e fotos sobre o assunto. Observando o interesse das crianças pode-se propor para o grupo uma pesquisa como tarefa de casa.
No dia 25/02/11 as professoras podem:
- Realizar brincadeiras infantis fazendo com que as crianças devem participar e compartilhar espontaneamente com sugestões e idéias de brincadeiras infantis. Algumas brincadeiras que podem ser realizadas: O gato e o rato; passar anel; ovo choco; pega-pega; esconde-esconde e outras.
- Ler com os alunos o texto História do carnaval.
- Apresentar para a turma os principais personagens da cultura carnavalesca. (Ver o texto Os personagens do carnaval).
- Cantar músicas de carnaval, pois é possível constatar que a maioria das crianças não conhece as músicas apresentadas, mas todas aprendem com facilidade. É preciso, portanto, realizar momentos divertidos com muita música e dança.
No dia 01/03/11 as professoras podem:
- Realizar uma roda de conversa destacando os temas: violência e o uso do de bebidas alcoólicas neste período.
- Selecionar na turma os representantes para a escolha da rainha e do rei momo que ocorrerá no dia da culminância.
- Organizar com os alunos um bloco carnavalesco incentivando as crianças a virem fantasiadas e a aproveitarem muito bem a festa dançando, cantando, participando dos trenzinhos e se entrosando com os colegas, com alegria e amizade para apresentar no dia da culminância. (Explorar com os alunos as marchinhas).
No dia 02/03/11 as professoras podem:
- realizar roda de conversa sobre as brincadeiras que surgem no carnaval e conversar com os alunos sobre elas.
- realizar atividades envolvendo leitura e escrita
- Confeccionar máscaras e selecionar uma para representar a turma no concurso de máscaras no dia da culminância.
No dia 03/03/11 as professoras podem:
- Realizar uma roda de conversa sobre como é festejado o carnaval em sua cidade.
- Peça que construam textos e relatos sobre esse debate. Os grupos podem apresentar sua pesquisa para os colegas utilizando murais, músicas, danças, adereços e fantasias de acordo com o carnaval do local pesquisado.
- Explorar as marchinhas de carnaval.
Sugestões de atividades relacionadas ao carnaval – ENSINO FUNDAMENTAL II (6º AO 9º ANO)
Língua Portuguesa:
- Realizar uma roda de conversa instigando os alunos a expressarem seus conhecimentos sobre o tema.
- Apresentar para os alunos Projeto Escola foliona: vivenciando o carnaval.
- Levar para a sala de aula reportagens e fotos sobre o assunto. Observando o interesse dos educandos pode-se propor para o grupo uma pesquisa como tarefa de casa.
- Peça que construam textos e relatos sobre esse debate. Os grupos podem apresentar sua pesquisa para os colegas utilizando murais, músicas, danças, adereços e fantasias de acordo com o carnaval do local pesquisado.
- Selecionar na turma os representantes para a escolha da rainha e do rei momo que ocorrerá no dia da culminância.
- Organizar com os alunos um bloco carnavalesco incentivando as crianças a virem fantasiadas e a aproveitarem muito bem a festa dançando, cantando, participando dos trenzinhos e se entrosando com os colegas, com alegria e amizade para apresentar no dia da culminância. (Explorar com os alunos as marchinhas).
- Realizar roda de conversa sobre as brincadeiras que surgem no carnaval e conversar com os alunos sobre elas.
História:
- Ler e discutir com os alunos o texto História do carnaval.
- Realizar uma roda de conversa sobre como é festejado o carnaval em sua cidade.
Arte:
- Apresentar para a turma os principais personagens da cultura carnavalesca. (Ver o texto Os personagens do carnaval).
- Cantar músicas de carnaval, pois é possível constatar que a maioria dos alunos não conhece as músicas apresentadas, mas todas aprendem com facilidade. É preciso, portanto, realizar momentos divertidos com muita música e dança.
- Organizar com os alunos um bloco carnavalesco incentivando as crianças a virem fantasiadas e a aproveitarem muito bem a festa dançando, cantando, participando dos trenzinhos e se entrosando com os colegas, com alegria e amizade para apresentar no dia da culminância. (Explorar com os alunos as marchinhas).
- Confeccionar máscaras e selecionar uma para representar a turma no concurso de máscaras no dia da culminância.
- Explorar as marchinhas de carnaval.
Ciências:
- Realizar uma roda de conversa destacando os temas: violência e o uso do de bebidas alcoólicas e outras drogas neste período.
No dia 04/03/11: Culminância
- Escolha do bloco mais animado;
- Escolha da rainha e do rei momo;
- Escolha da melhor fantasia;
-Escolha da máscara mais criativa;
- Escolha da melhor sambista;
- Momento livre com música (30 minutos)
Conclusão:
Durante a realização deste projeto é importante observar e perceber o interesse dos alunos em aprender e participar das atividades propostas com atenção, criatividade, responsabilidade e muito dinamismo.
Durante a realização deste projeto é importante observar e perceber o interesse dos alunos em aprender e participar das atividades propostas com atenção, criatividade, responsabilidade e muito dinamismo.
Texto de apoio: História do Carnaval.
O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior à quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval. O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos tornaram-se mais populares no começo do século XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No século XX o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem às ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
OS PERSONAGENS DO CARNAVAL
Na Mitologia Grega, Momo era o Deus da galhofa e do delírio - tão irreverente que acabou expulso do Olimpo. Na Roma antiga, o mais belo dos soldados era coroado Rei Momo e tratado como um verdadeiro senhor, comendo, bebendo e se divertindo à exaustão. Mas quando a festa acabava... ele era levado ao altar de Saturno e sacrificado. A figura do alegre monarca da folia surgiu no Carnaval carioca em 1933. Atualmente, cada cidade, em que há carnaval organizado, escolhe um rei Momo através de eleições (votam pessoas ligadas à organização do carnaval). O rei Momo deve ser uma pessoa que goste muito de carnaval e de preferência gordo. Deve ser animado, pois ele é que m vai animar e comandar as festas do carnaval. O rei Momo deve ser simpático, brincalhão, di- |
vertido e bem humorado. Em algumas cidades existe uma tradição em que o prefeito entrega a chave da cidade para o rei Momo. Desta forma, simbolicamente, o rei Momo governa a cidade nos quatro dias de folia.
Rainha do Carnaval
Elas são o brilho e graça do Carnaval e comandam a abertura do Carnaval carioca. Instituído a partir de 1950, o concurso para Rainha do Carnaval e suas princesas já deu muito que falar: nos primeiros anos, o sistema de votos vendidos era o que valia para eleger a beldade da folia. Somente dez anos depois do primeiro concurso é que passou a valer o sistema de voto de qualidade, ou seja: a candidata tem que ser bela para reinar ao lado de Momo. |
Bate-bola / Clóvis
Terror das crianças de várias gerações, os bate-bolas ou clóvis andam sempre em grupo com suas roupas (macacões) coloridas e máscaras transparentes com um orifício no lugar da boca, preenchido, quase sempre, por uma chupeta. E não se pode esquecer, é claro, da bexiga amarrada a uma varinha para assustar a criançada do bairro. Apesar de ser uma manifestação dos antigos carnavais cariocas, ainda é comum ver tais grupos na Baixada Fluminense. |
Pierrô, arlequim e colombina
Os três personagens, fundamentais em qualquer baile de fantasia ou desfile de escola de samba, surgiram com a Comédia Italiana, uma companhia de atores que se instalou na França entre os séculos XVI e XVIII para difundir a Commedia dell"Arte - forma teatral com tipos regionais e textos improvisados. O pierrô é o sentimental, o ingênuo, apaixonado e pela colombina; o arlequim é o seu rival: um palhaço farsante e cômico que veste um traje feito a partir de retalhos triangulares de várias cores; e a colombina, que já inspirou tantos versos de famosas marchinhas? Sedutora, volúvel e sempre bem vestida, ela namora o pierrô e é amante do arlequim. Esperta a moça, não?
Marchinhas de carnaval
ABRE ALAS (Chiquinha Gonzaga, 1899) Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passar Eu sou da lira não posso negar Eu sou da lira não posso negar Ó abre alas que eu quero passar Ó abre alas que eu quero passar Rosa de ouro é que vai ganhar Rosa de ouro é que vai ganhar BALANCÊ (Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936) Ô balancê balancê Quero dançar com você Entra na roda morena pra ver Ô balancê balancê Quando por mim você passa Fingindo que não me vê Meu coração quase se despedaça No balancê balancê Você foi minha cartilha Você foi meu ABC E por isso eu sou a maior maravilha No balancê balancê Eu levo a vida pensando Pensando só em você E o tempo passa e eu vou me acabando No balancê balancê A JARDINEIRA (Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938) Ó jardineira porque estás tão triste Mas o que foi que te aconteceu Foi a camélia que caiu do galho Deu dois suspiros e depois morreu Vem jardineira vem meu amor Não fiques triste que este mundo é todo seu Tu és muito mais bonita Que a camélia que morreu | ALLAH-LÁ-Ô (Haroldo Lobo-Nássara, 1940) Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô Mas que calor, ô ô ô ô ô ô Atravessamos o deserto do Saara O sol estava quente Queimou a nossa cara Viemos do Egito E muitas vezes Nós tivemos que rezar Allah! allah! allah, meu bom allah! Mande água pra ioiô Mande água pra iaiá Allah! meu bom allah BANDEIRA BRANCA (Max Nunes-Laércio Alves, 1969) Bandeira branca amor Não posso mais Pela saudade que me invade Eu peço paz Saudade mal de amor de amor saudade dor que dói demais Vem meu amor Bandeira branca eu peço paz CHIQUITA BACANA (Braguinha-Alberto Ribeiro, 1949) Chiquita bacana lá da Martinica Se veste com uma casa de banana nanica Não usa vestido, oi! não usa calção Inverno pra ela é pleno verão Existencialista com toda razão Só faz o que manda o seu coração, ôi! | AURORA (Mário Lago-Roberto Roberti, 1940) Se você fosse sincera Ô ô ô ô Aurora Veja só que bom que era Ô ô ô ô Aurora Um lindo apartamento Com porteiro e elevador E ar refrigerado Para os dias de calor Madame antes do nome Você teria agora Ô ô ô ô Aurora CABELEIRA DO ZEZÉ (João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963) Olha a cabeleira do zezé Será que ele é Será que ele é Será que ele é bossa nova Será que ele é maomé Parece que é transviado Mas isso eu não sei se ele é Corta o cabelo dele! Corta o cabelo dele! ÍNDIO QUER APITO (Haroldo Lobo-Milton de Oliveira, 1960) Ê ê ê ê ê índio quer apito Se não der pau vai comer Lá no bananal mulher de branco Levou pra pra índio colar esquisito Índio viu presente mais bonito Eu não quer colar Índio quer apito |
CACHAÇA (Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953) Você pensa que cachaça é água Cachaça não é água não Cachaça vem do alambique E água vem do ribeirão Pode me faltar tudo na vida Arroz feijão e pão Pode me faltar manteiga E tudo mais não faz falta não Pode me faltar o amor Há, há, há, há! Isto até acho graça Só não quero que me falte A danada da cachaça A FILHA DA CHIQUITA BACANA (Caetano Veloso, 1975) Eu sou a filha Da chiquita bacana Nunca entro em cana Porque sou família demais Puxei à mamãe Não caio em armadilha E distribuo banana Com os animais Na minha ilha iê iê iê Que maravilha iê iê iê Eu transo todas Sem perder o tom E a quadrilha toda grita Iê iê iê Viva a filha da chiquita Iê iê iê Entrei pro women's liberation front QUEM SABE, SABE (Jota Sandoval-Carvalhinho, 1955) Quem sabe, sabe Conhece bem Como é gostoso Gostar de alguém Ai morena deixa eu gostar de você Boêmio sabe beber boêmio também tem querer | CHUVA SUOR E CERVEJA (Caetano Veloso, 1971) Não se perca de mim Não se esqueça de mim Não desapareça A chuva tá caindo E quando a chuva começa Eu acabo de perder a cabeça Não saia do meu lado Segure o meu pierrô molhado E vamos embolar Ladeira abaixo Acho que a chuva Ajuda a gente a se ver Venha veja deixa beija seja O que Deus quiser A gente se embala, se embola Se enrola, só pára Na porta da igreja A gente se olha Se beija, se molha De chuva suor e cerveja YES, NÓS TEMOS BANANAS (Braguinha-Alberto Ribeiro, 1937) Yes, nós temos bananas Bananas pra dar e vender Banana menina tem vitamina Banana engorda e faz crescer Vai para a França o café, pois é Para o Japão o algodão, pois não Pro mundo inteiro, homem ou mulher Bananas para quem quiser Mate para o Paraguai Ouro do bolso da gente não sai Somos da crise, se ela vier Bananas para quem quiser | CIDADE MARAVILHOSA (André Filho, 1934) Cidade maravilhosa Cheia de encantos mil Cidade maravilhosa Coração do meu Brasil Cidade maravilhosa Cheia de encantos mil Cidade maravilhosa Coração do meu Brasil Berço do samba e das lindas canções Que vivem n'alma da gente És o altar dos nossos corações Que cantam alegremente Jardim florido de amor e saudade Terra que a todos seduz Que Deus te cubra de felicidade Ninho de sonho e de luz LINDA LOURINHA (Braguinha, 1933) Lourinha, lourinha Dos olhos claros de cristal Desta vez em vez da moreninha Serás a rainha do meu carnaval Loura boneca Que vens de outra terra Que vens da Inglaterra Ou que vens de Paris Quero te dar O meu amor mais quente Do que o sol ardente Deste meu país Linda loirinha Tens o olhar tão claro Deste azul tão raro Como um céu de anil Mas as tuas faces Vão ficar morenas Como as das pequenas Deste meu Brasil |
LINDA MORENA (Lamartine Babo, 1932) Linda morena, morena Morena que me faz penar A lua cheia que tanto brilha Não brilha tanto quanto o teu olhar Tu és morena uma ótima pequena Não há branco que não perca até o juízo Onde tu passas Sai às vezes bofetão Toda gente faz questão Do teu sorriso Teu coração é uma espécie de pensão De pensão familiar à beira-mar Oh! Moreninha, não alugues tudo não Deixe ao menos o porão pra eu morar Por tua causa já se faz revolução Vai haver transformação na cor da lua Antigamente a mulata era a rainha Desta vez, ó moreninha, a taça é tua MULATA IÊ IÊ IÊ (João Roberto Kelly, 1964) Mulata bossa nova Caiu no hully gully E só dá ela Ê ê ê ê ê ê ê ê Na passarela A boneca está Cheia de fiufiu Esnobando as louras E as morenas do Brasil | MAMÃE EU QUERO (Jararaca-Vicente Paiva, 1936) Mamãe eu quero, mamãe eu quero Mamãe eu quero mamar Dá a chupeta, dá a chupeta Dá a chupeta pro bebe não chorar Dorme filhinho do meu coração Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão Eu tenho uma irmã que se chama Ana De piscar o olho já ficou sem a pestana Olho as pequenas mas daquele jeito Tenho muita pena não ser criança de peito Eu tenho uma irmã que é fenomenal Ela é da bossa e o marido é um boçal MARCHA DO CORDÃO DO BOLA PRETA (Nelson Barbosa - Vicente Paiva, 1962) Quem não chora não mama Segura meu bem a chupeta Lugar quente é na cama Ou então no Bola Preta Vem pro Bola meu bem Com alegria inferna Todos são de coração Todos são de coração Foliões do carnaval (Sensacional!) VAI COM JEITO (Braguinha, 1956) Vai com jeito vai Se não um dia a casa cai (menina) Se alguém te convidar Pra tomar banho em Paquetá Pra piquenique na Barra da Tijuca Ou pra fazer um programa no Joá Menina... | MARCHA DO REMADOR (Antônio Almeida - 1969) Se a canoa não virar olê olê olá Eu chego lá Rema rema rema remador Quero ver depressa o meu amor Se eu chegar depois do sol raiar Ela bota outro em meu lugar MÁSCARA NEGRA (Zé Keti-Pereira Mattos, 1966) Quanto riso oh quanta alegria Mais de mil palhaços no salão Arlequim está chorando Pelo amor da colombina No meio da multidão Foi bom te ver outra vez Está fazendo um ano Foi no carnaval que passou Eu sou aquele pierrô Que te abraçou e te beijou meu amor Na mesma máscara negra Que esconde o teu rosto Eu quero matar a saudade Vou beijar-te agora Não me leve a mal Hoje é carnaval ME DÁ UM DINHEIRO AÍ (Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959) Ei, você aí! Me dá um dinheiro aí! Me dá um dinheiro aí! Não vai dar? Não vai dar não? Você vai ver a grande confusão Que eu vou fazer bebendo até cair Me dá me dá me dá, ô! Me dá um dinheiro aí! |
O TEU CABELO NÃO NEGA (Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931) O teu cabelo não nega mulata Porque és mulata na cor Mas como a cor não pega mulata Mulata eu quero o teu amor Tens um sabor bem do Brasil Tens a alma cor de anil Mulata mulatinha meu amor Fui nomeado teu tenente interventor Quem te inventou meu pancadão Teve uma consagração A lua te invejando faz careta Porque mulata tu não és deste planeta Quando meu bem vieste à terra Portugal declarou guerra A concorrência então foi colossal Vasco da gama contra o batalhão naval PASTORINHAS (Noel Rosa-Braguinha, 1934) A estrela d'alva no céu desponta E a lua anda tonta com tamanho esplendor E as pastorinhas pra consolo da lua Vão cantando na rua lindos versos de amor Linda pastora morena da cor de madalena Tu não tens pena de mim Que vivo tonto com o teu olhar Linda criança tu não me sais da lembrança Meu coração não se cansa De sempre sempre te amar | PIERRÔ APAIXONADO (Noel Rosa-Heitor dos Prazeres, 1935) Um pierrô apaixonado Que vivia só cantando Por causa de uma colombina Acabou chorando, acabou chorando A colombina entrou num butiquim Bebeu, bebeu, saiu assim, assim Dizendo: pierrô cacete Vai tomar sorvete com o arlequim Um grande amor tem sempre um triste fim Com o pierrô aconteceu assim Levando esse grande chute Foi tomar vermute com amendoim PIRATA DA PERNA DE PAU (Braguinha, 1946) Eu sou o pirata da perna de pau Do olho de vidro da cara de mau Minha galera Dos verdes mares não teme o tufão Minha galera Só tem garotas na guarnição Por isso se outro pirata Tenta a abordagem eu pego o facão E grito do alto da popa: Opa! homem não! | SACA-ROLHA (Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953) As águas vão rolar Garrafa cheia eu não quero ver sobrar Eu passo mão na saca saca saca rolha E bebo até me afogar Deixa as águas rolar Se a polícia por isso me prender Mas na última hora me soltar Eu pego o saca saca saca rolha Ninguém me agarra ninguém me agarra SASSARICANDO (Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães, 1951) Sassassaricando Todo mundo leva a vida no arame Sassassaricando A viúva o brotinho e a madame O velho na porta da Colombo É um assombro Sassaricando Quem não tem seu sassarico Sassarica mesmo só Porque sem sassaricar Essa vida é um nó TA-HÍ! (Joubert de Carvalho, 1930) Taí eu fiz tudo pra você gostar de mim Ai meu bem não faz assim comigo não Você tem você tem que me dar seu coração Meu amor não posso esquecer Se dá alegria faz também sofrer A minha vida foi sempre assim Só chorando as mágoas que não têm fim Essa história de gostar de alguém Já é mania que as pessoas têm Se me ajudasse Nosso Senhor Eu não pensaria mais no amor |
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